quinta-feira, setembro 20

Antes de vomitar

Primeiro a parte chata de arrumar o local, antes de buscar o ordenador para repousa-lo sobre meu colo. Aquele cheiro de meia usada o dia todo contaminou o lugar, me revoltei e lavei com exclusividade os pés. Gostei disso, se houvesse um banco minimamente adequado, lavar os pés seria algo bastante prazeroso e confortável. A água inicialmente é um gelo e arrepia, machuca a pele, de pouco, os dedos passam a adorá-la. Por entre eles escorre água com um pouco de espuma feita com sabonete com um quarto de creme hidratante. Que viadagem. Igual, os pés na água escorrendo, é algo no mínimo perfeito. Vou lavar-la os pés a próxima vez. O feio e o bonito, não por nada, mas para que ela sinta isso, relaxe, que possa sentir prazer pelos pés.
O mate me espera no criado-mudo vestido de whisky.

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Os dias seguem os mesmo, começando com sol no oriente e seguinto al poniente. Muita gente me aparece, me saluda, são vários e vários como estás que respondo educadamente com um bien, y tu? É mentira. É pura educação. A parte boa é que muitas vezes me ocupo com essas coisas e acabo ficando legal, quer dizer, consigo distrair a cabeça um pouco, distrair o peito. Saudade do risco.

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A internet para, de repente vejo que talvez tenha tempo de acompanhar algumas poucas novidades. É como se o mundo deixasse de girar por um instante. Em seguida volta com atrasado e gira veloz para compensar o tempo parado.

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Os insights que todo mundo têm, ou quem sabe, o medo que todos nós temos de realmente compreender alguma coisa, vem e vai, volta. Era na praia, acompanhado pelo mar gélido e um vento que parecia minuano soprando nos cabelos um gelo que me faz sentir o solitary man do Cash.
Gosto disso, quieto e sozinho é perfeito as vezes, é bom. O calor de quem se aproxima em seguida é maior, o gosto de ter uma conversa sem efeito nenhum, apenas entretenimento, é o efeito de um período diferente, no final é isso, oscilação. Osciloscarlos.