Terminamos de comer e olhei pra mãe, que fez tão maravilhosa comida, aquela com tempero especial. Tinha um strogo, bagonesia colorida e uma arroz à grega, este último que desencadeou o restante.
- Bah, tem um restaurante em porto que tu quebra os pratos depois que come, quer dizer, acho que é depois.
- Ãh? como assim?
- Ah, é um restaurante bacaninha, não muito caro, de comida grega, isso, é um restaurante grego. Deve ter esse teu arroz por lá, ehheheh. Eles te dão umas canetas, tu escreve o que tu quer que suma da tua vida, e rebenta-lhe o prato no chão, assim - erguei o prato chinês acima da cabeça com as duas mãos e fez um movimento brusco para joga-lo no chão. Parou pouco antes de solta-lo.
- Cuida! Abobado. Se livrar, tu diz, coisas ruins assim que tu não quer?
- É tipo isso, coisas que tu não quer mesmo, seja lá o que for.
- Ahhh, isso é tipo mandala.
- Mandala? Aquelas coisas redondas?
- Se escreve as coisas que tu não quer na mandala, dai eles botam fogo nelas.
- Hummm legal.
- É coisa assim, como se diz, de credo.
- Que credo o que mãe, é cultural. Inclusive o credo, crédo.
- É...
- Báh que legal! Os gregos, escrevem o que não querem nos pratos e os quebram, os caras esses ai da mandala botam fogo, legal! Os alemães sim são foda, botam fogo direto no que não presta!
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