quinta-feira, abril 19

Mulheres

Odeio as mulheres. Todas elas.
Todas com esse charme, essa proposta de carinho e aconchego, afeto, atenção e simplesmente sexo. Nos agarram pelos bagos, desprevenidos. Estamos ali, tranquilos, seguros e confiantes até chegar uma dessas, talvez sim, a confiança até mesmo aumente, mas é uma consequência do desejo que aquelas formas nos despertam, aqueles olhos, as vezes puxados, as vezes claros, quem sabe escuros. Uma voz soa com fundo de harpa, estilo sereias, do tipo venenosa mesmo. Roubam amigos e também famílias, deixam mães solitárias e preocupam os homens a cada passo mais distante.
Odeio todas essas mulheres, das belas as feias, até as feias feias. As magrelas, as gordelicias até as gordas. Tem aquelas mais burras que acho que até não odeio tanto, pois com sorte sua burrice supera a nossa quando em tal presença.
Olhando de longe, inocentes, inofensivas e indefesas, mas é numa dessas que tu é nocauteado, quando menos espera parece que roubam a importância das coisas, tomam lugar dos deuses e passam a ser o primeiro plano de tudo. Malditas mulheres, sempre tão atraentes que me revolta. Tudo seria mais fácil se fosse pura perpetuação da espécie, mas não...

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Ela me atrapalha
magnífica visão que
provoca vírgulas,
nos mais claros pensamentos.

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