quinta-feira, fevereiro 28

the chosen one

Nao sei se é assim que se escreve, mas que se foda.
Problemas de governo. Por acaso fui dar uma passeada num lugar com governos diferentes, com povos diferentes e me meto a pensar a respeito de seus governantes, de sua historia a maneira com que foi erguida a dita democracia.
Ultimamente tenho me visto um inimigo direto da democracia, acho que ela nao funciona, e vejo muitos problemas nela de uma maneira geral...
Comecei a ler algo sobre um tal makyavel, ou seja la como se escreva...

e continua...

quinta-feira, fevereiro 21

Apaguem as luzes!

Estava caminhando pela noite, recem saído de um treino bacana onde satisfaz a equação: (água = suor) a cada gota ingerida. Bom, estava indo bem tranquilo, olhando pras faixas, que provavelmente voltaria a coloca-las só quando voltar da viajem... ahhh a viajem... bom, assim ia indo, viajando na viajem ainda por vir e um tanto atento aos vultos que passavam pelos bequinhos escuros de paralelepípedo.

Ia pensando nas casinhas que via, tinha um pequeno conjunto de 4 casas iguais, chalés pequenos de alvenaria. Dois andares, uma sacadinha em cima, uma garagem pequena, tudo pequenininho, lindas casinhas.
Uns apartamentos por lá por cima da lomba, lembrando a idéia da uma cozinha bem no canto de um apartamento... que idéia brilhante, já me imaginei dentro da cozinha, roubando cerveja pela madrugada e apreciando a vista através das paredes de vidro. Uma linda vista...

Bom, chegando ao ponto que me faz escrever.
Vinha uma moça e (parecia ser mãe de) um garoto caminhando logo adiante. Andavem devagarinho pela rua muito escura, passando por cima de uns galhos que haviam no chão e iam desviando levantando mais alto seus pés a cada passada. Certa hora o garoto se segurou em alguma coisa numa árvore que havia logo entre o fim da calçada e o começo da rua e alguma coisa voou perto de mim, não vi o que era, se iria me machucar ou o que. Logo me veio a cabeça... e se pega na vista! Meu deus do céu! Eu ia ficar cego!
cego...
Logo me vieram piadinhas de humor negro, como por exemplo... a primeira que pensei...
determinada situação, alguém te pergunta por alguma coisa, sei lá, por uma opinião a respeito de algo, afinal teria de me virar fazendo coisas que não fosse necessário ver. Bom, a pergunta engraçada iria ser algo como
"... e então? qual o teu PONTO DE VISTA?"
eu comecei a rir no escuro da noite, rindo mesmo, provavelmente aqueles dois que passaram por mim olharam pra trás pra ver o que um maluco suado tava fazendo rindo tanto do nada.
Logo me veio a imagem da justiça (ao menos a brasileira). Uma estátua linda...

Pois bem... Repare, repare como ela impunha sua espada de maneira a não saber manuseá-la. Uma gorda que usa escarpe pra ficar definidinha, uma farsa completa. Bom, deixando de lado a opinião raivosa e crua que tenho da justiça em sí e todos os seus processos, vamos ao que me lembrou a estátua.
A desgraçada está vendada! Ela é cega! Mas é óbvio! Como nunca percebi!?
Logo me veio a idéia... se os nossos juízes forem cegos? Pegar todos eles e cega-los, nada de venda, nada de porra nenhuma, digo cego mesmo, cego porque não pode ver, não pela negligencia de não ter aberto os olhos (se é que me entendem).
Cegos são sempre bons em todos os sentidos restantes, é uma necessidade, eles precisam se habituar a prestar mais atenção nos sons, notar os odores e cheiros, até treinam o tato como leitura! Bom, certamente nossos cegos juízes seriam menos cegos se fossem cegos, afinal, o que tu pode dar a um cego? Que cego quer um carro? De-lhe uma muletinha! Acredito que cegos sejam mais difíceis de subornar, pra começar porque nunca saberão de quanto são as notas novinhas que trouxeram do banco da suíça.
Na estátua, a coisa fica boa, mas eu não falo de juiz de ladrão de galinha, de juizinho de causa social, de briga de marido e mulher, de assassinato ou coisa pequena, os juízes são aqueles que mandam nas coisas e quem melhor pra utilizar como exemplo senão as pessoas que ocupam o cargo de LEI, os fazedores da lei, os que fazem a receita de bolo para todos seguirem, aqueles das câmaras, os ministros, os com poder de mandar de verdade, essa gente, todos eles deveriam ser CEGOS!
Nunca mais teríamos eleições assim, quero dizer, nunca mais seriam bilhões para um concurso público numa vaga de caras fodinhas, pois logo eles teriam ser cegados para se promoverem, ou seja, quando fossem promovidos, os cegariam a força. Pense assim, todos os que mandam, não poderiam ver porra nenhuma, uma coisa boa seria o seguinte... espiona-los! Sim! Imagine:
Você trás toda a emprensa possível para dentro de suas salas (tenha a certeza que todos os caras com as cameras e microfones não estão nem pertos de gripados e nem são hiperativos), o pessoal entra correndo em qualquer hora e se esconde nas salas, sem esquecer as lanternas (os prédios públicos economizariam com luz, já que os caras que trabalham lá dentro não precisam dela) e qualquer equipamento silencioso de iluminação, todos entram e ficam por lá, seja quem for, se a coisa for envolvendo o pessoal interno, é claro que todos vão se fazer de cegos, então aproveite e finja que não existe, fique parado filmando suas conversas e gravando suas pessoas, já que tanto faz quanto tanto fez.
Ia ser engraçado no fim das investigações alguém comentando:

"mais um caso polêmico onde o fulado de tal se envolve com a máfia da tua vó e rouba dinheiro público, embolsando mais de tantos milhões de baixo do nariz de centenas de funcionários. Como foi provado, não foi tanto assim, já que havia um pessoal que SE FAZIA DE CEGO e ganhava uns por fora."

Riria mais se não fosse no nosso país com nosso dinheiro. Não aguento mais a televisão com suas denuncias... imagine só o quão absurdo é prender traficantes!
Gente que montou um negócio, se fez na vida, ta sempre na luta por território, sempre procurando novos mercados, fechando negócios com diversos locais do país e do exterior, essa gente tem mais é que ser feliz! (quanta estupidez)
Eu realmente quero matar as pessoas que não fazem seu serviço. Ladrões de verdade, pessoas bem vestidas já habituadas com suas salas, com seu estilo de vida e seu carrões, um pessoal que gosta de mimar os filhos que gosta de caviar (ou então: "... burguesiaaaahhh só no filé! ..."), essa gente sim eu odeio. Pessoas que não sabem parar, que foram auto devorados por uma ganância incrível e perderam o controle do respeito.
De certo ponto, essas pessoas merecem respeito. Chegaram lá, vamos admitir... não é pra qualquer trovador, o cara tem que ter lábia! E muita lábia!
Bom... será tão difícil se controlar? Falta tanta vergonha na cara assim das pessoas? Pense bem, é questão de fazer o que é certo e ponto, acabou, não tem erro algum. Parece que seus salários são baixos... não compram o melhor iate, não pagam sempre voos de 1ª classe. Nossa... depois de um tempo, provavelmente perdem a noção como qualquer drogado, como qualquer criança mimada que não vê o valor das coisas...
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Comecei a trabalhar. Comida, jamais, só em casa que é de graça e é boa. Roupas? Para que mais? já tenho, e elas ainda servem em mim, as mesmas de uns 3 anos atrás... talvez um pouco desbotadas. Videogames? Computadores? alguma coisa do gênero? Nada.
Um mão de vaca dos bons.
O problema era simples, eu via os preços com outra escala, uma escala bem simples.
R$1,00 = XIS tempo de trabalho.
XIS tempo de trabalho = Y tempo de vida.
substituindo...
R$1,00 = Y tempo de vida.

Simples assim, um matemático de 3ª série do 1º grau. Vi tudo em horas de vida, e pensava sempre se cada coisa valia o tempo de vida que perdi trabalhando, afinal, trabalho ainda é um fardo, não é algo que odeio, mas também não é uma cervejada com os amigos. Eu me vi vendo o dinheiro que todos ganham como uma maneira de trocarem suas vidas por coisas... uma realidade terrível, um mundo muito claro, onde tudo brilha a níquel.
A pouco, menos de um mês, tive acesso a planilha de pagamento da empresa onde trabalho, uma empresa de uns mil funcionários no ramo de TI (tecnologia da informação, para os que não trabalham no assunto, ou IT em inglês) nada muito grande, mas também não é pequena. O causo é que vi o maior salário de funcionário (que não é um sócio direto), eu conheço o cara... é um lambe saco com uma lábia incrível e também competência, o cara (desgraçado! desgraçado!) ganha 23 mil por mês. Fiz as contas: A cada mês da vida dele ele vive três anos e quatro meses da minha!
\o/
Tá ai um cara que vive a vida! Alguém que devia ter assim... uns 300 anos de vida já acumulados... pense bem, eu levaria três anos e quatro meses para acumular o que ele ganha de dinheiro num único mês.
Certo... agora veja... quem precisa mais do governo? quem precisa dos meios públicos de transporte? das escolas, hospitais, das coisas todas que o governo oferece a população?
Pois é... em três anos, eu compraria um carrinho sem graça e teria altos impostos para pagar por ele além de ter de mante-lo, além de custos com seguro, custos com manutenção periódica (pelo menos) e se quizesse melhorar MEU meio de transporte teria de economizar um tanto mais... Agora aquele carinha... ele paga prestações suaves sempre com no mínimo quatro dígitos por qualquer carro que compre com tranquilidade, pode pagar mais de 5 mil em besteiras para as crianças, uns 8 mil em despesas de casa, uns 2 com uma amante, pode investir em negócios, pagar uma faculdade para si mesmo ganhar mais dinheiro ainda... uma beleza.

Porque tanta raiva de roubos do cofre público? São pessoas que normalmente já tem muito dinheiro que ganham mais dinheiro, pessoas que roubam o tempo de vida de outras pessoas e ainda as privam dos direitos (aquelas bostas escritas por cavalos) mais básicos para uma existência tranquila. Não sei se é sorte nossa que essa gente seja burra, porque isso é simplesmente insustentável, e logo, a burrice da população vai fazer o país não ter mão de obra para porra nenhuma dentro de um mercado mundial o que terna o país um burrinho dentro da sala de aula, que mesmo com vários reforças em matemática (financeira), não consegue tirar um 6.0 na prova. Logo a casa cai, pena que cai em cima de todo mundo, não só dos que tem dinheiro.
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Dinheiro público... um rei faria melhor que esse bando de ladrões! Era muito mais fácil dar cavalos para uma polícia e trono para um rei.
Para um rei mandar em toda essa merda.
Um rei cego.

quarta-feira, fevereiro 13

porque não.

Tava no ônibus e me dei conta do seguinte.

Extra Terrestres... Sabe aquelas coisas que invadem os planetas em seus discos ou naves loucas e destroem as coisas, põem fogo e soltam radiação nos olhos dos outros além de destruir a casa branca com raios loucos?

Pois é. Pensava nos ETs, de maneira geral, como sempre os vemos.
Uma raça maldita, cabeções, dedos longos e feios. Uma aparência de pele lisa, que talvez até ficassem bonitos com uma jaqueta de coura preta de motoqueiro com umas calças coladinhas, afinal, os olhos meio que de formatos ovais parecem óculos. Seria questão de fazer umas tatuagens maneiras pra se enturmar com uns motoqueiros.
Bom, fora a enturmação, tava pensando... nós sempre vemos ETs como uma raça única, como cópias semi idênticas muitas vezes malignas que querem nos estudar, dilacerar e destruir nossas famílias.
Fizemos diversos filmes com inúmeras maneiras de se pensar na vida fora do planeta Terra. Alguns acham um absurdo, algo impossível, já que tudo que conhecemos se baseia no nosso planeta, na atmosfera, nos climas e níveis de temperatura, gases que conhecemos, logo, é obvio que fica semi-impossível pensar numa vida fora daqui (pensando que em outros locais se pode haver vida de outra forma, novos tipos de matéria, coisas realmente impossíveis de se encontrar aqui, ai eu acho que seja possível vida fora daqui... mas isso não é o tema da coisa, retomando...).
Bom, de maneira geral, e resumida, sempre se pensa em ETs como uma nação malvada (na maioria das vezes) que querem nos estudar, ou tomar o planeta para eles... fiquei pensando nisso e nos comparando a ETs. Gostaria que fossemos ETs sabe... pense só. Um grupo absurdo de criaturas semi-identicas que se unem por uma causa em uma proporção planetária. Entendem?

O ônibus passava pela Vila Bras, e denovo está passando por toda ela. Isso significa um atraso de 20 minutos no ônibus, mas pela janela eu noto um atraso de séculos. Vemos água correndo desde os banheiros das barracas até a beira da calçada formando banhadinhos de merda e mijo por ali, no mesmo lugar para onde vai água da louça, água do chuveiro, de tudo. Água da chuva.
Bom, acontece que aquele lugar parece ter sido esquecido... a tempo atrás era puro barro aquelas ruelas de lá, lembro de ter voltado por ônibus por volta das 23 onde lá não se via porra alguma, só o que os faróis enlamaçados do ônibus podiam mostrar. Cachorro, gato, galinha piriquito, tudo correndo junto com a gurizada, um coisa que não parece estar tão perto de uma capital (pensando no sentido mais idealista de capital, cidade bem formada, sem problemas de infra-estrutura com serviços básicos que se estendem até as cidades satélites e além, mas isso já me invade em outro tema um pouco menor e mais focado que o que quero escrever...), sabe, ruas daquele jeito, pessoas vivendo como a tempos, não, como a milênios atrás. Sandálias, conduzindo ovelhas pelos pastos, embarrando calçados, entrando e saindo de barracos de madeira mal cortada com telhados remendados... (pensando bem, nem na época faraônica as coisas eram tão mal feitas [me arrisco a dizer que no período paleozóico as cavernas eram melhores moradias que aquelas coisas ali]). Bom, vi tudo aquilo no ônibus e me pus a pensar no seguinte... porque essa coisa tão desigual? sabe, não gosto de revoluções, não sou socialista a fio, muito menos capitalista, só acho que pelo menos um esgotinho podia ter... chego em casa e dou uma olhada na internet (coisa que aquele pessoal ali deve ficar boquiaberto de ver) e vejo que o brasil (focalizando um pouco apenas no pais) não trata nem a metade de seu esgoto. Pense um pouco sistematicamente... quem perde com isso? Ta, um papelzinho no chão, um detalhe estúpido... mas pense bem, pense na coisa como um todo real, na coisa como um UM, UMA nação terrestre!
Pensei no seguinte... cada ato de cada um, de alguma maneira pode influenciar no ambiente que todos os outros vivem... ta, então porque os paises? Acabei de ver um filme sobre escravidão onde os pretos são tratados como mercadoria, assim, como uma balinha que tu compra e por direito, é tua, tu pode pesar nela, sujar ela, por no vaso, comer, fazer o que bem entender. Não sei se a coisa é impactante para alguns negros, mas pra mim é razoavelmente indignante. Os ETs se juntam numa força só para invadir nosso planeta e aqui dentro temos escravos de nossa própria espécie. Eu sei, hitler garantiria cientificamente que somos diferentes, e principalmente que ele faz parte de uma raça superior e blablabla, mas pensa só... se tu pegar e juntar todo mundo, mas todo mundo mesmo, no conceito que temos de mundo, o que acontece?
Ta, é impossível. Eu também tenho (pré) conceitos que me incomodaria permanecer ao lado de pessoas com crenças... mas pense nas coisas básicas, sabe no mínimo... o esgoto que eu vi era um detalhe ínfimo, o que me preocupa de verdade é a educação mínima, sabe, o mínimo de conhecimento sobre nosso mundo em geral, isso sim me preocupa. Conheço pessoas formadas em escolas que sei que não são grande coisa, e a maioria das discussões (caso ocorram) sobre assuntos ligados a um todo (normalmente da cidade, do estado ou do pais... em fim, assuntos sociais) são normalmente derivadas de clichês e jargões que escuto em outros lugares, muitas vezes em outros meios de comunicação.
Deu tanto problema o ônibus ter a entrada na frente que não da pra acreditar. Uma mulher com seus 35 a 40 anos entrou no ônibus.
"desculpa, não sabia que era pela frente."
"é... tudo bem, é que tem que olhar a seta."
"que seta?"
"essa ali na frente." (fez um gesto e o motorista apontou para uma seta imensa com um metro quadrado, AMARELA na frente do ônibus dizendo com letras maiúsculas que se entra pela frente.)

Que conclusões tiro disso? Essa tia não foi a única, a maioria das pessoas que entrava no ônibus ali na vila ia correndo para a parte de trás... o motorista buzinava. a pessoa voltava correndo pra frente e a frase que mais se ouvia.
"ah, é pela frente?"

Eu fiquei brabo, sim fiquei brabo. Porque é que não se pode fazer um padrão de entrada no ônibus? Pensei nas possibilidades.
Depende do horário e do itinerário, se envia um ônibus com cobrador ou não. Mas porque?
Menos gasto com cobradores.
Isso impacta diretamente na eficiência do embarque dos passageiros, além do que aumenta a probabilidade de acidente quando o motorista tem que responder perguntas e desviar a atenção do transito para contar troco.
Eu insisto:
Mas porque cortas gastos?
Estamos falindo. Continuei perguntando essas coisas obvias durante um bom tempo, e voltei aos ETs. Nós temos concorrência interna, concorrência entre continentes, entre nações, quando no fundo no fundo podemos nos denominar humanos, unicamente isso, um ramo da evolução que diz que somos relativamente "iguais".
Fiquei pensando em livre passagens para todos os lugares do mundo, em pessoas mudando de lugar por sugestão de governos locais que diziam que em tais locais do mundo precisa-se de gente que trabalhe com isso ou com aquilo. Sabe, pensei numa coisa impossível num mundo que tu olhe o mapa e não veja nomes de paises com cores diferentes, um coisa assim... milhões de conselhos que discutem um bem geral das coisas básicas entende, o mínimo para uma sustentabilidade global, onde um papel de bala no chão fosse considerado crime já que vem do petróleo, já que não será reciclada já que pode acontecer de entupir bueiros e inundar casas da região... pensei de maneira globalmente sistemática. A coisa toda como a coisa em si, sem as fronteiras.

Eu desisto, sei que não da. Mas a idéia me agradou por uns instantes... afinal, vemos os ETs como uma nação inteira, porque não pensar que somos Ts? apenas terrestres unidos contra o mal de nós mesmos, o consumo desenfreado sem medir as conseqüência a longo e longuíssimo prazo...

A muitos anos atrás esse tipo de coisa jamais seria discutida, vivíamos longes, a dias a cavalo uns dos outros, um tempo onde isso não era necessário já que tudo era desconectado, agora vejo essa internet aqui em casa que pode atingir quase qualquer ponto do planeta e fico pensando que as coisas acabaram se conectando, se ligando umas as outras de maneira abstrata.
Fica difícil dormir pensando que muita pouca gente já teve esse pensamento, muito poucos, é claro, é relativo.
Queria aprender novas línguas, preservar o resto de culturas passadas e pegar o que vejo de melhor de cada uma, a coisa de unir uma coisa só, numa merda só, era com a intenção do básico mesmo, sei que é difícil engatar a marcha na idéia, mas seria o mínimo, o mínimo de fiscalização generalizada que garantisse a sobrevivência de nós mesmos depois de muitos anos...

Não é só eu, afinal a coisa já se sente na pele, até achei legal as dicas para deixar o verão (e não só o verão) mais quentes que a mtv da.

"abre todas as torneiras e desperdice toda a água possível.
tome banho de horas, e lave o carro três vezes ao dia."

tudo dito com o fundo de uma imagem genial. uma privada normal, daquele com caixa d'agua em cima logo atrás com aquelas cordinhas pro lado, com um detalhe que faz toda a diferença. Um tijolo amarrado a cordinha.
A mtv já disse.... "ta esquentando..."

--

ETs... talvez fosse uma boa uma invasão, quem sabe nos fizessem de escravos e devido a necessidade a união generalizada fosse necessária, ao menos de maneira temporária.
Ia ser engraçado...

Utopia, eu tenho noção, mas quem sabe fosse interessante... pense bem, as coisas serem feitas de maneira que competições negociais, venda e compra seriam sempre pensadas de maneira a garantir todos os lados... é algo grande demais, algo bonito demais até... mas ia ser legal ter aulas de outros idiomas de graça, ver vagas de emprego la da puta que o pario solicitando pessoas que quisessem sair de onde vivem... um coisa toda, uma merda só, sem problemas de feder diferente de outras...
porque não?
leia o titulo.

domingo, fevereiro 3

depois da diversão

Foi no bar eu acho, a pouco tempo atrás, que discutiu sobre eles... As "crias".
-Não era esse o sentido da vida? Se começa aprendendo, se diverte e depois se procria.
-Mas eu pensei que a prociação fosse uma das diversões! :P

Mais uns goles de uma Daqui e foi-se a noite.
Por completo acaso, ontem viu coisas acontecerem... a começar pela casa nova de um amigo... casou, finalizou sua casa nos fundos da dos pais. Comprou televisão enorme widescreen, além de dois computadores para marido e mulher (não devia ser marido e esposa?) brincarem juntinhos; cama de casal; cosinha novinha alá casas bahia com umas prestações ainda para pagar; escolheram as cores juntos e comprar até um açucareiro de bar na pressa de morar junto.
Montando casa, montando família. O neni ainda não vem, e parece que nos planos não está previsto orçamento para neni, mas vai que acontece... notou que as pessoas estão crescendo, mas por aquela noite, lá ficou.
--
Bom dia!
Já era hora de levantar, arrumar cama, tomar café. Um pouco de televisão, uns papos bacanas e lá vamos nós. Pegou o trem pela manhã de domingo, veio vindo tranquilo, como se conhecesse a cidade estranha (e diga-se de passagem, feia).
Sentando olhando pelos vidros do vagão, notou a presença nada discreta de duas crianças brincando, um carrinho amarelo bem bonitinho andava de um lado a outro do trem. Apenas um pedaço de plastico bem moldado fazendo toda a diversão daquele momento... que bacana.
Lhe veio a cabeça, como educar uma pessoa assim, "sem noção". Logo depois, viu uma cena incrível, uma das crianças, um gurizinho de uns 4 ou 5 anos, vestia um macacão de brim com um bolso no peito onde se encontravam dois papeis que tinham (visto de longe) uma cara de propaganda entregue na rua. O outro pegou um dos papeis do bolso do de macacão e esse ultimo instantaneamente deu um breve gritinho, era um "é meu! mãe! faz ele me devolver!". Que engraçado isso...
O final da viajem foi boa, nada de mais, apenas idéias surgindo na cabeça e um certo vazio na barriga (talvez, fome).
Andou pelas ruas do centro tendo certeza de sua posição geográfica. Arriscou consigo:
-Não vou pedir informação, posso ir por ter noção de onde estou.
Reafirmou a idéia, e deu o primeiro passo. Logo se via, semi-perdido nas ruas finas da cidade...
O acaso é incrível. Do outro lado da rua, uma menininha com seus 3 anos ou menos andava de gradachuvinha rosa, e parecia sozinha... uns passos a frente uma mulher (provavelmente sua mãe) andava devagar, meio que esperando por sua filha que contava seus passos e olhava sempre pro chão como se procurasse alguma coisa, ou como que para não pizar entre os vãos das pedras numa brincadeira de louco.
Desacelerou o passo e prestou atenção... "Elena! vamos Elena senão eu não te espero hein!"
A garotinha parou um pouco, olhou pra frente e deu uma breve corridinha pra chegar até a mãe. Era desajeitada e com a sombrinha rosa dificultava sua locomoção. Não que chovesse, apenas havia chovido e as sombrinhas ja estavam fechadas e pro lado.
Como lidaria com essas coisas quando fosse sua vez?
Como diabos prever o que as crianças vão entender das coisas? São pessoas ainda sem experiência, não é possível preve-las!

"Por favor, vamos Elena..."
"Anda sua desgraçada!"
"Vamos apostar uma corrida?"
"O que está procurando? Garanto que em casa temos algo bem melhor, que tal se for mais rápido?"
"Vai dar aquele filme que tu gosta hoje, vamos rapidinho pra não perder o começo que faço um chocolate pra ti"
"Anda Elenaaaa... não tenho o dia todo..."
"Vem aqui na garupa, vem"
"Quem sabe tu não começa a rastejar se é pra andar tão devagar?!"

O que a faria entender melhor? Entender que existe respeito, mas que queria que andasse um pouco mais rápido? Só queria ter a segurança que tem quando supõe ações de adultos.

Viu elas ficando para trás no outro lado da rua... e seguiu seu caminho pela manhã...
Como se atiranssem idéia na sua cabeça, um pai saiu com sua filha de casa. Uma loirinha bonitinha que já parecia entender as coisas, afinal, usava óculos.
O que fazer para que se acaso fosse uma filha a criasse de tal maneira que ela jamais fizesse sexo com rapazes? Afinal, isto é o terror de todo pai, ao menos em sua visão. Não dá, sabe que não. Mas quer insistir... Deve haver uma maneira... Nem filha tem, e ja tem medo que o "pior" ocorra. É acontece. O melhor seria uma boa educação, que ela fosse esperta, que soubesse escolher e soubesse se virar melhor que ele mesmo, ai sim, isso seria o melhor, já que o "pior" nunca poderá ser evitado.

-Olha! uma moeda!
De súbito o pai parou, e olhou pra baixo logo avaliando:
-Acho que é uma pilha hein...
A menina parou e se abaixou para pegar.
-É... não é uma moeda, parece uma tampinha.

Continuaram caminhando, e continou a pensar enquanto vinha atrás, um pouco mais lento...
O que fazer? É algo complicado. O episódio de friends pela manhã justo era sobre isso, tudo lhe mostrava coisas sobre tal tema. Aqueles momentos que algo vira tema geral e tudo é sempre sobre aquilo. Não tem medo de que aconteça, o medo não é esse, o medo é o resultado posterior, como seria alguém criado por ele? Afinal que tipo de pessoa seria quem vivesse sobre sua influência constante na infância? É uma responsabilida absurdamente colossal, é uma responsabilidade que da medo de encarar, é como pensar assim: "Ou tu é bom o suficiente para deixar a vida dessa pessoa boa, ou tu vai acabar com a vida dela." Obviamente não se pode culpar pelas ações depois de crescida, mas despois de crescida já faz parte do resultado que ele gerou enquanto criava... A loucura toma conta... cada coisa, cada detalhe, pode influenciar...
No final, ou melhor, quer saber? que se foda. O certo é ser como sempre se é, e se sua esssencia é realmente boa, então mal não fará.... ou não.