segunda-feira, fevereiro 22

o rebanho

Daí eu entrei na igreja, mais uma vez após seis anos de abstinência. Bueno, tudo parece ruim, até que piorou. O não tão velho lá da frente vestido de brando com uma espécie de cachecol roxo bem longo e fino falava no microfone.
Falava coisas como, como devemos ser, como devemos agir e pensar. Nos dizia de uma maneira não tão direta o que fazer.
Me senti um bosta. Parece que nunca será possível chegar ao que se deseja ser. Ou que se espera. Sempre somos pecadores, nunca merecemos nada, mas com sorte, digo, com jesus no coração, talvez quando chegar a hora H ele tenha piedade (por que nos arrependemos de tudo de errado que fizemos durante a vida) e nos deixe viver eternamente e em paz.

Não entendo como esse tipo de pensamento pode facilitar a vida das pessoas, sempre inferiores, sempre devendo a deus, sempre temendo e dando a bundinha. Vi os velhos depositando mais de cinco pila na caixa que passou e da uma certa pena.


Não bastasse o discurso decadente e depressivo, também tem o gestual, humilhante. Ajoelhar, ficar de pé, sentar, ficar de pé, ajoelhar. Mas vai tomar no *(não é uma censura, é uma expressão gráfica da palavra)! Ajoelhar daquela maneira é como uma penitencia ou súplica por qualquer coisa que nunca devi na vida!!
Principalmente agora com a dívida externa paga.

Os casamentos até são quase bons discursos e não se levanta tanto, mas de toda forma, só o fato de entrar numa igreja, já está me fazendo mal. Bate uma depressão de ver tanta gente precisando de uma história de contos de fadas para viver, como crianças que nunca amadurecem e precisam sempre de um lindo conto de ninar para que durmam em paz e, encontrem consolo numa maravilha absurda.

Antes de sair, vejo todas as pessoas da igreja como ovelhas. Burras. Um rebanho de deus, onde os caras lá da frente, tanto o posando de quadro quanto o bem vestidinho e vivo são os pastores, os que mandam as ovelhas caminharem, comerem, se agruparem. Os mesmos que futuramente irão tosquealas e quem sabe botão sobre o fogo de chão para um bom churras.
Bom, pobres ovelhas... sem opinião própria sem motivação própria... tão ovelhas que são burras.

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Ó senhor! por que tanta gente burrrrA?!

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