terça-feira, julho 31

Lareira

Até tarde no café, a droga, a solução, a companhia
Companhia faltava por ali, nas almohadas ao lado
A pouco estava deitada, conchinha, juntinha
Eram dois, dois travesseiros, dois corpos esticados
Foi dormir assim mesmo, não tinha como conversar com a química
O corpo ordenou que dormisse, foi a mente que descansou
O sonho não veio, ele acontece quando ela está junto
O celular despertando, louco vibrante, um galo digital
Ele vira pro lado e sobra espaço, mesmo gordo, sobra
Vem a falta, o lado do colchão vazio e frio
O inverno que ele adora, e a falta que ela faz
Pequena magrinha guriazinha mulherzinha
Desde os pés, o feio e o bonito, as curvas todas quentes
Ombros leves, respiração serena num ar aconchegante
Volta e pensa nas coxas, gravetinhos que lhe ardem
Sorri e pensa
Lareirinha

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