domingo, dezembro 16

pandolfo




Amanhã não tem mais trabalhos, chega de provas, de estudos sobre coisas interessantes e desinteressantes... hoje é dia de tédio, de despreocupação, as coisas parecem sem graça... não teremos ninguém gritando com ninguém, ninguém pulando em ninguém, sem pessoas colocando fogo nas coisas dos outros. Não precisaremos fazer paráfrases de trabalhos, ou mesmo desenvolver trabalhos próprios.
Existe uma espécie de vácuo na barriga, uma saudade antecipada devido a imaginação que pensa das coisas que se não fará mais, é quase como terminar com uma namorada de 5 anos (buscando excelencia) onde vocês fizeram de tudo juntos, viveram juntos, preocupações juntas, tudo divido, mesmo na hora da prova final, ainda tinha mais gente contigo... que coisa, as coisas mudam...
Não é pra mal, nem pra bem, apenas mudam, depende da maneira que tu começa a encarar essas mudanças...
A tempos atrás se cortou uma laranja no meio e se encheu de terra, até hoje ela perdura pendurada num fio elétrico (pra variar). Pandolfo, velho pandolfo, filho de ex-pandas que aducaram o garoto para saltar e sujar as pessoas com sua areia. Quem escuta não acredita, mas as coisas aconteceram de verdade, quem estava lá lembra perfeitamente das piruetas no ar que a meia laranja do Carlos fazia... como foi engraçado cada segundo que se viveu nessa merda exigente.
Não lembro das provas de quimica ou de fisica, não lembro das aulas de portugues, de historia ou de biologia (salva certo acontecimento de cadernaço na mesa), lembro apenas da gurizada toda, da piazada que fará falta, do pessoal que um dia, me matando pelas ruas a noite (fumando) vou lembrar com carinho, e viado é a tua voh tua voh, porque no fundo o pessoal sente isso mesmo, virá uma saudade arrebatadora, que nem mãe nem mulher vai ser capaz de afagar com facilidade.
mafagafinhos, mafagafando...
Estranho como as coisas são, estranho e irônico. Tempos de separações, de novos inícios, ou mesmo como brindei um par de vezes: "ao início!" porque não quer dizer que tenha acabado de verdade, só começa, denovo, ou pela primeira vez, todo fim é um começo.
Não consigo lembrar cada momento cronologicamente, nem mesmo fazer listas de coisas incriveis feitas. Não lembre exatamente em que período eramos viciados em certos jogos online, ou paint online. Não lembro quando foi que o quatro começou a ter graça, mas agora olhei pro prédio ao lado, um apartamento no sexto andar para alugar. ligue para 35924444. não se pode deixar de dar um risinho, ao pelo menos lembrar dos quatro mega pixels...
Ja fui o leitão da turma, pulamos muitas moitas, vários montinhos, alguns esticks e muitos litrões rachados. Passei pelo ano do rato no qual de tanto que gostei da terceira série resolvi ficar um ano mais, só com as coisas que mais gosto né, pra brincar mais com as coisas legais.
Os anos nunca pareceram passar, sempre era lento, e cada dia uma eternidade... tantas subidas e descidas daquela lomba maldita sem muitas arvores... varias vezes que voltei pra casa com boa compania conversando asneira rindo a toa das contas que sequer se pensava ter, das coisas que nunca acabariam, afinal, se é pequeno, se vive naquilo ali mesmo sem muita perpectiva de mudança, mesmo que se imagine anos luz a frente, nunca se lembra de pensar (ao menos nessa idade) que muitas coisas não serão mais como são, e isso faz a diferença de qualquer decisão, de qualquer rua para dobrar.
Cheguei ao final e até mesmo um colega meu morreu, certo que não era "flor que se cheire", mas morreu igual, e de alguma maneira lembro daquele animal torto da cabeça, acho que o mais marcante foi a aula de quimica, onde as pessoas começaram a se medir, e este ultimo mencionado acabou tocando uma no banheiro e o pessoal viu. É, foi engraçado... nossa, eu ri muito. Carlos também dormiu na aula de quimica!!!
ahhh que saudade daquele tempo, mas não das aulas, apenas da reunião diária com tais elementos...

No final do tempo, mudei de rato para schiavoni... passei de nivel 1 para 35, aprendi a matar sem deixar rastro e como por fogo em água.
Nossa... andei tanto de bicicleta, fiz tanta merda divertida... até pulei do carro em movimento, que pra minha surpresa, foi mais fácil do que o imaginado.

Hora de procurar um estágio, de escolher a música que deve representar toda a jornada louca da escola louca de amigos temerários.
Não tinha me dado conta do que isso tudo significou para os que se foram no meio do meu tempo de escola, nem me atinei sobre suas saudades sobre tudo que se deixou de fazer, tudo que se deixou de se participar... engraçado que não aconteceu ao mesmo tempo, o sentimento foi mais sozinho, sem saudades em massa, onde todo mundo se abraça e praticamente chora os tempos que não voltarão mais.
é... eh uma pena.

Um comentário:

Anônimo disse...

A ilustração foi ótima!
Mas que-que essa gente dorme naaula aí ein?? Isso não se faz.

E outra: vai sentir saudade da tua vó!