sábado, dezembro 1

raiva

Alguns julgam fraquesa demonstrar a sua raiva. Sou um deles.
O ponto aqui não é o fato de demonstrar ela (então porque tu começa escrevendo isso ô animal? [não sei]) e sim o fato de senti-la invadindo as entranhas e fervendo o sangue.
Exatamente agora sinto isso nas veias inflamadas de raiva a vontade de matar subindo, o problema é relativamente ironico (com sorte, hilario), prestei vestibular hoje na Unisinos, haviam textos a se ler durante o vestibular e um deles havia me deixado perplexo e uma pilha de idéias surgiram para se expor aqui, um monte delas, passei no minimo uma hora vagando em minhas idéias e como iria escrever. Transcorrida a prova, tirado os sapatos em casa, aberto a cerveja... pufff. Acabou, sem mais assunto, o tema foi arquivado por um neuronio cego (possivelmente manco e com uma falha no cabelo) em alguma pilha de arquivos inúteis ou inacessievis em estado conciente. Talvez melhor que isso, toda essa minha raiva veio de um outro neuronio pscicotico que me induziu a pensar ter tido uma vez um bom tema para escrever (provavelmente ele escreveu [inventou] uma memoria e colocou no lugar das minhas memorias vividas).
Chega de neuronios, eles são mal pagos e fazem um trabalho relativamente bom.

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Não perguntem porque, acontece que a genialidade da coisa estava em meio a outros poemas pensando no eu lírico de maneira pesada, cansativa, onde tudo era um meio sofrimento e o eu lirico se espressava, imaginava coisas e realizava coisas... ao fim de tudo, me deparo com um começo de duas linhas semelhante... contudo, genial de mais para os demais.
CDA (imitado)
Orides Fontela - 1986
Ó vida, triste vida!
Se eu me chamasse Aparecida
dava na mesma.

É um poema lindo, pois o autor talvez tenha desistido de fazer um poema, optou pela verdade crua como um Nietzche falando de deus.

Foi como um aluno sarcastico que lá pela primeira série fez uma história em quadrinhos sobre a flor e a borboleta...

-primeiro quadro:
flor com cara de doente e triste.
borboleta chegando proxima a flor e perguntando: "oi flor, mas por que voces está tão triste?"

-segundo quadro
flor quase com cara de má, mas igualmente doente.
flor respondendo com boca aberta: "não ve que eu estou doente?!"
borboleta com cara de taxo.

3 comentários:

G. Marelli disse...

Se tu parasse com o cigarro, não ia ter neurônios aleijados! E a tua massa cinzenta não ia ficar preta de carvão!

Imagina se a flor tivesse respondido:
"Tô triste porque tem sempre uma borboleta idiota enchendo o saco, porra!" E com o "porra" escrito bem forte, mas sem tirar a beleza do desenho super colorido de lápis de cor Faber-Castell. Afinal, é da primeira série...

Schiavoni disse...

ah ia ser bom, claro, mas na primeira serie não se conhecia 'porra'... e ainda se preservava um resto de educação que vinha de casa, pra evitar esse tipo de comportamento perto das visitas

Anônimo disse...

Eu falo da primeira série de hoje em dia...
O irmãozinho tá na primira, e o vocabulário "adulto" dele é maior que o meu, se bobear!